Machado de Assis

Machado

                Joaquim Maria Machado de Assis, nasceu em 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro. Seus pais Francisco e Maria Leopoldina de Assis moravam no Morro do Livramento. 

                Após a morte de sua mãe e irmã, seu pai casa-se novamente e, pouco tempo depois, falece. Machado continua morando com sua madrasta. 

                Em 1855, publica seu primeiro poema "Ela", devido ao seu trabalho junto ao jornal Marmota Fluminense. 

                 Após trabalhar como tipógrafo e revisor de provas, é convidado por Quintino Bocaiúva a trabalhar como redator no jornal Diário do Rio de Janeiro, onde começa a usar os primeiros pseudônimos para escrever debates e críticas. 

                Em 1864 publica seu primeiro livro de versos com o título "Crisálidas".  

                Já em 1865, funda a Arcádia Fluminense, sendo um dos sócios fundadores. 

                 Ganha diversas premiações, inclusive honrosas e em 1868 orienta  o poeta Castro Alves a pedido de José de Alencar.

                  Em 1869 casa-se com a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais e em 1872 publica seu primeiro romance, Ressurreição

                   Publica inúmeros outros livros e em 1889 é promovido a diretor da Diretoria do Comércio, na Secretaria de Estado da Agricultura, Comércio e Obras Públicas.

                   Em 1896 publica seu quinto livro de contos, intitulado Várias Histórias. No mesmo ano, dirige a primeira sessão preparatória da fundação da Academia Brasileira de Letras - ABL, sendo eleito o seu primeiro presidente. Fica nessa posição durante dez anos. 

                Em 1906, publica seu soneto mais famoso " A Carolina", dedicado à sua falecida esposa. 

              Em 1908, publica seu último romance, Memorial de Aires, é publicado. Falece no dia 29 de setembro, no Rio de Janeiro, aos 69 anos. É enterrado junto à esposa no Cemitério de São João Batista.

                   

Clarice Lispector

     Ela é considerada  um dos maiores nomes da literatura brasileira. 

        Seu primeiro romance foi "Perto do coração selvagem" .  Além de romancista, a autora também escreveu contos, como Laços de Família".  Também escreveu para o público infantojuvenil. Hoje seus trabalhos são traduzidos por todo o mundo.

       Lispector nasceu em 10 de dezembro de 1920, em Tchetchelnik, uma aldeia da Ucrânia, então pertencente à Rússia, Haia Lispector,  filha do comerciante Pinkouss e de Mania Lispector. Ela ainda tinha duas outras irmãs.

             Ainda com dois meses de vida, eles se mudam para o Brasil (Maceió) para fugir de conflitos internos em seu país e fugir do antissemitismo presente no país, já que são de descendência judaica. No Brasil, mudam de nome. Seu pai trabalha como mascate e em fábricas. As crianças estudam em escolas públicas. 

              Mesmo com as dificuldades na infância, havendo memórias de, até mesmo, almoçarem pão e suco, Clarice se lembra da infância como "bons momentos", retratando, posteriormente, em suas obras. 

             Em 1930, inicia seus estudos no  Collegio Hebreo-Idisch-Brasileiro.. Além das disciplinas básicas, estuda hebraico. Assiste a uma peça no teatro Santa Isabel e, inspirada, escreve Pobre menina rica, obra em três atos, cujos originais acaba perdendo. 

               Em 1935, vem com a família ao Rio de Janeiro, onde dá continuidade aos seus estudos. 

               Em 1939, a duras penas, inicia o curso de Direito na Faculdade nacional do Direito, na Tijuca. Trabalha como secretaria em um escritório de advocacia e faz traduções de textos científicos. Dois anos depois, enquanto cursa o terceiro ano de direito, continua a publicar na imprensa tanto textos jornalísticos como literários.

                 Em 1943, após mais de dez meses de espera, obtém, em 12 de janeiro, a naturalização, assinada pelo presidente Getúlio Vargas.  No dia 23 de janeiro, em cerimônia civil, casa-se com Maury, cônsul de terceira classe desde concurso prestado em 28 de agosto de 1940.


                         -A GRANDE GUERRA-

  Em 1945, Trabalha em hospital americano, dando assistência a brasileiros feridos na guerra e, em agosto, recebe ofícios assinados por médicos da Força Expedicionária Brasileira que agradecem o serviço prestado.

Enquanto posa para Giorgio De Chirico, no estúdio romano do pintor, ouve a notícia do final da guerra; era o dia 9 de maio, e Clarice Lispector estranha a reação de todos, que não manifestam uma esperada euforia.

        Durante sua vida, faz muitos laços literários de amizade com grandes nomes da literatura como Fernando Sabino. Uma mulher a frente de seu tempo que conseguiu transpassar todas as barreiras e dificuldades que lhe foram impostas. Uma mulher, sem dúvidas, brilhante.  


                    Em 1977, é submetida a cirurgia, na qual se detecta a causa do problema: um adenocarcinoma de ovário, irreversível. O câncer deixava a Clarice Lispector poucos meses de vida. No dia 17 de novembro, é transferida para o Hospital da Lagoa onde, apesar de ser público, lhe garantem um quarto individual. Todo o tratamento aplicado era de cunho paliativo: nem quimio nem radioterapia serviriam a Clarice com a doença tão avançada doença, aliás, que não se revelou à paciente. Os amigos e a família se encarregaram de fazer companhia: Olga, Siléa, Elisa e Tania revezavam-se para que ela não ficasse só; Nélida e Rosa Cass a visitavam.

Fonte: Instituto MoreiraSalles

                 

                      

             

             

               

               

Graciliano Ramos

            Graciliano Ramos de Oliveira nasceu em Quebrangulo - AL, em 27 de outubro de 1892. Foi o primeiro de dezesseis irmãos. Em 1895, muda-se com os pais para a Fazenda Pintadinho, em Buarque, Pernambuco

             No ano de 1904,  publica o conto Pequeno Pedinte no jornal do Internato Alagoano. Em 1909, inicia sua colaboração ao Jornal de Alagoas, publicando o soneto Céptico, como Almeida Cunha. Neste jornal, publicou diversos textos sob vários pseudônimos, entre eles Soares de Almeida Cunha e Lambda, usado para trabalhos em prosa.  

              Em 1914 embarca em Maceió em direção ao Rio de Janeiro, à época Capital Federal, para tentar a sorte na imprensa, acompanhado de seu amigo Joaquim Pinto da Mota Lima Filho. Nesse ano, trabalha como revisor dos jornais cariocas Correio da Manhã, A Tarde e O Século, colaborando simultaneamente para o jornal fluminense Paraíba do Sul e para o Jornal de Alagoas, assinando "R.O." (Ramos de Oliveira). 

             Aos 23 anos de idade, Graciliano se casa em Palmeira dos Índios - AL com Maria Augusta de Barros.  Em 1916, nasce seu primeiro filho, Marcio Ramos, em Palmeira dos Índios - AL.  Em 1917, assume a loja de tecidos Sincera

             Em 1917, nasce seu segundo filho, Jânio Ramos e em 1919, nasce seu terceiro filho. Em 1920, nasce sua quarta filha, Maria Augusta Ramos, batizada com o mesmo nome da mãe, morta aos 26 anos em fução de complicações no parto. Já em 1925,  começa a escrever Caetés, seu primeiro romance

              Em 1927, é eleito prefeito de Palmeira dos Índios - Aos 35 anos de idade, Graciliano se casa em Palmeira dos Índios - AL com Heloísa Leite de Medeiros, ela tem apenas com 18 anos

               Em 1929, nasce seu quinto filho, Ricardo de Medeiros Ramos, primeiro filho do casa. Em 1930, nasce seu sexto filho, Roberto de Medeiros Ramos, segundo filho do casal. Publica artigos no Jornal de Alagoas sob o pseudônimo Lécio Guedes. Em abril, renuncia ao mandato de prefeito. 

                  Em 1931, nasce sua sétima filha, Luiza de Medeiros Ramos, terceiro filho do casal. Em 1934, publica S. Bernardo (romance), seu segundo livro, pela Editora Ariel, RJ.

                  Em 1936, é preso em Maceió - AL e levado para o Rio de Janeiro. Em agosto, publica Angústia (romance), seu terceiro livro, pela Editora José Olympio - RJ. Angústia recebe o Prêmio Lima Barreto, instituído pela Revista Acadêmica

                  No ano seguinte é libertado no Rio de Janeiro. Escreve A Terra dos Meninos Pelados (infantil), que recebe, em abril do mesmo ano, o Prêmio de Literatura Infantil do Ministério da Educação

                 Em 1938, publica Vidas Secas (romance), seu quarto livro. Em 1942, num  jantar comemorativo de seu cinquentenário, recebe o Prêmio Felipe de Oliveira, pelo conjunto de sua obra. O romance Brandão, Entre o Mar e o Amor, escrito em parceria com Jorge Amado, José Lins do Rego, Aníbal Machado e Rachel de Queiroz, publicado pela Livraria Martins - SP

                     Em 1950, morre Marcio Ramos, primeiro filho de GR, no Rio de Janeiro - RJ. Traduz A Peste, romance de Albert Camus, para a Editora José Olympio.

                   Em abril de 1952, viaja pela União Soviética, Tchecoslováquia, França e Portugal. Em set, é operado, sem sucesso, em Buenos Aires, Argentina. Retorna ao Rio de Janeiro, gravemente doente. A 27/out, sem sua presença, amigos e admiradores comemoram seu 60º aniversário no Salão Nobre da Câmara Muncipal do Rio de Janeiro, em sessão presidida por Peregrino Júnior, da Academia Brasileira de Letras.

Em 1956, é internado na Casa de Saúde São Victor.  Em  20 de março, morre de câncer no pulmão, no Rio de Janeiro - RJ.

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Carlos Drummond de Andrade

                  Carlos Drummond de Andrade nasceu  em 31 de outubro de 1902, na cidade de Itabira do Mato Dentro (MG), nono filho de Carlos de Paula Andrade, fazendeiro, e Julieta Augusta Drummond de Andrade.

                   Em 1910, iniciou o curso primário no Grupo Escolar Dr. Carvalho Brito. Em 1918 é aluno interno do Colégio Anchieta da Companhia de Jesus, em Nova Friburgo, colabora na Aurora Colegial. No único exemplar do jornalzinho Maio..., de Itabira, o irmão Altivo publica o seu poema em prosa "Onda". Mas em 1919 é expulso do colégio em consequência de incidente com o professor de português. Motivo: "insubordinação mental". Em 1920 sua família se muda para Belo Horizonte.

                  Em 1921 publica seus primeiros trabalhos no Diário de Minas. Frequenta a vida literária de Belo Horizonte. Faz amizade com Milton Campos, Abgar Renault, Emílio Moura, Alberto Campos, Mário Casassanta, João Alphonsus, Batista Santiago, Aníbal Machado, Pedro Nava, Gabriel Passos, Heitor de Sousa e João Pinheiro Filho, habitués da Livraria Alves e do Café Estrela.

                 Em 1922, seu conto "Joaquim do Telhado" vence o concurso da Novela Mineira. Trava contato com Álvaro Moreyra, diretor de Para Todos... e Ilustração Brasileira, no Rio de Janeiro, que publica seus trabalhos. Em 1923, ingressa na Escola de Odontologia e Farmácia de Belo Horizonte. Em 1925 casa-se com Dolores Dutra de Morais. Em 1927, nasce em 22 de março seu filho, Carlos Flávio, que morre meia hora depois de vir ao mundo. Mas em 1928, nasce sua filha, Maria Julieta. Publica "No meio do caminho" na Revista de Antropofagia, de São Paulo, dando início à carreira escandalosa do poema. Torna-se auxiliar na redação da Revista do Ensino, da Secretaria de Educação.

                 Em 1929, deixa o Diário de Minas e passa a trabalhar no Minas Gerais, órgão oficial do estado, como auxiliar de redação e, pouco depois, redator. Em 1930, lança Alguma poesia, seu livro de estreia, sai com quinhentos exemplares sob o selo imaginário de Edições Pindorama, de Eduardo Frieiro. Assume o cargo de auxiliar de gabinete de Cristiano Machado, secretário do Interior. Passa a oficial de gabinete quando seu amigo Gustavo Capanema assume o cargo.

                  Em 1940, Publica Sentimento do mundo, distribuindo entre amigos e escritores os 150 exemplares da tiragem. Em 1941, publica Poesias, na prestigiosa Editora José Olympio. Em 1944, publica Confissões de Minas. Um ano depois,  publica A rosa do povo e O gerente. Colabora no suplemento literário do Correio da Manhã e na Folha Carioca. Deixa a chefia do gabinete de Capanema e, a convite de Luís Carlos Prestes, figura como codiretor do diário comunista Tribuna Popular. Afasta-se meses depois por discordar da orientação do jornal. Trabalha na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN), onde mais tarde se tornará chefe da Seção de História, na Divisão de Estudos e Tombamento. Já em 1946, recebe o Prêmio de Conjunto de Obra, da Sociedade Felipe d'Oliveira. Em 1950, viaja a Buenos Aires para acompanhar o nascimento do primeiro neto, Carlos Manuel.

                  Em 1953, exonera-se do cargo de redator do Minas Gerais ao ser estabilizada sua situação de funcionário da DPHAN. Vai a Buenos Aires para o nascimento do seu neto Luis Mauricio. Na capital argentina aparece o volume Dos poemas.

                   Após diversas e premiadas publicações, em 1974, recebe o Prêmio de Poesia da Associação Paulista de Críticos Literários,e  em 1978, também recebe os prêmios Estácio de Sá, de jornalismo, e Morgado Mateus (Portugal), de poesia. Publicação de A paixão medida, En Rost at Folket (Suécia), The Minus Sign (Estados Unidos), Poemas (Holanda) e Fleur, téléphone et jeune fille... (França).

                   Em 1982, em seu aniversário de oitenta anos, a Biblioteca Nacional e a Casa de Rui Barbosa promovem exposições comemorativas. Recebe o título de doutor honoris causa pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Publica A lição do amigo. Sai no México a edição de Poemas.

              Em 1987, é homenageado com o samba-enredo "O reino das palavras", pela Estação Primeira de Mangueira, que se sagra campeã do Carnaval. No dia 5 de agosto morre sua filha, Maria Julieta, vítima de câncer. Muito abalado, morre em 17 de agosto.


Fonte: https://www.carlosdrummond.com.br/

                                    

Cora Coralina


                                           Se você ainda não sabia, agora saiba! Cora Coralina é o pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, ela era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de dona Jacyntha Luiza do Couto Brandão. 

                                     Ela começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos, publicando suas produções em jornais da cidade de Goiânia, e nos jornais de várias  cidades. No ano de 1911, foi para o estado de São Paulo com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, que exercia o cargo de Chefe de Polícia, equivalente ao de secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912, onde viveu durante 45 anos. 

                                    Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. Mudou-se em seguida para Andradina, cidade que atualmente, mantém uma casa da cultura com seu nome, em homenagem. Em 1956, retorna a Goiás. 

                                Aos cinquenta anos de idade ela diz ter tido uma iluminação, onde deixou de ter medo e assumiu, de vez, seu pseudônimo. Cora Coralina morre em Goiânia, aos 95 anos, de pneumonia. A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Fonte: Wikipedia, adaptado.


Olavo Bilac

                 Olavo Braz Martins dos Guimarães Bilac nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 16 de dezembro de 1865, e faleceu, na mesma cidade, em 28 de dezembro de 1918. Era jornalista e poeta. 

                 Parnasianismo é um movimento literário essencialmente poético, contemporâneo do Realismo-Naturalismo. Um estilo de época que se desenvolveu na poesia a partir de 1850, na França, com o objetivo de retomar a cultura clássica. Sua literatura é escrita em soneto. A obra de Olavo Bilac se enquadra nesse movimento. 

                 Após a educação básica, ingressou na faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, mas desistiu no oitavo período (4º ano). Teve intensa participação na política e em campanhas cívicas, das quais a mais famosa foi em favor do serviço militar obrigatório. Fundou vários jornais, de vida mais ou menos efêmera, como A Cigarra, O Meio, A Rua. Na seção "A Semana" da Gazeta de Notícias, substituiu Machado de Assis, trabalhando ali durante anos. É o autor da letra do Hino à Bandeira. 

Seu amor pela Língua Portuguesa se traduz nos belíssimos versos de "Língua Portuguesa":

Olavo Bilac ainda foi responsável pelo primeiro acidente de trânsito do Brasil! Confira:https://youtu.be/AZ4Sx6Nr5sU

Língua Portuguesa 

Olavo Bilac

Última flor do Lácio, inculta e bela,

És, a um tempo, esplendor e sepultura:

Ouro nativo, que na ganga impura

A bruta mina entre os cascalhos vela...

Amo-te assim, desconhecida e obscura,

Tuba de alto clangor, lira singela,

Que tens o trom e o silvo da procela

E o arrolo da saudade e da ternura!

Amo o teu viço agreste e o teu aroma

De virgens selvas e de oceano largo!

Amo-te, ó rude e doloroso idioma,

Em que da voz materna ouvi: "meu filho!"

E em que Camões chorou, no exílio amargo,

O gênio sem ventura e o amor sem brilho!


                  


Fontes: Academia Brasileira de Letras (site); Wikipedia; 



Josué Melo
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